Pai é atacado por oito cães ao proteger filha de 5 anos que brincava na rua

Pai é atacado por oito cães ao proteger filha de 5 anos que brincava na rua

A presença de uma matilha composta por oito cães de rua, de médio a grande porte, divide os moradores do Setor Noroeste, no Distrito Federal. Nesse domingo (18), um homem, de 40 anos, acabou mordido por um dos animais ao defender a filha, de apenas 5 anos, em frente à reserva indígena, na Quadra 108. Mesmo assim, há grupos que defendem a assistência aos cachorros, que estariam em situação de vulnerabilidade.

O caso aconteceu na manhã do domingo. “O ataque se deu por eles terem se assustado com minha filha brincando com um carrinho do tipo gira-gira. Poderia ser uma bicicleta, por exemplo. Meu marido a protegeu com o próprio corpo e acabou sendo mordido”, contou a mãe da criança, que pediu para não ser identificada. “Ele foi medicado e fará o protocolo completo antirrábico”, completa. “Não houve reação ou agressão aos cães”.

“Animais vulneráveis”

O ataque levantou debate entre moradores da região. Uma parcela defende que os animais são dóceis e estão em situação de vulnerabilidade. A suspeita é de que os cachorros estejam aglomerados na região por causa de uma cadela no cio.

“Esses animais estão vulneráveis e precisam ser acolhidos, castrados, vacinados, alimentados e cuidados. Assim como vivemos em uma sociedade com vulnerabilidade social e muita fome, com eles, não é diferente”, defendeu a terapeuta ocupacional Diuliane Soares Ribeiro, de 32 anos.

A assessora financeira Daniela Revollo, de 52 anos, explicou que os cães podem estar sendo vítimas de violência. “São animais que, normalmente, não seriam agressivos. Se estão agressivos, é porque está acontecendo algo”, avalia.

“Não adianta falar que os cães são perigosos e mordem. Tem toda uma situação: são agredidos todos os dias por humanos, sentem fome. Às vezes, pode ter uma criança com pão na mão, e eles não sabem que não podem comer. Nem vão para atacar e, sim, para comer, e todos se assustam”, disse Daniela.

“São animais com fome, sede, frio e enxotados todos os dias. O resultado acaba sendo animais que podem ficar agressivos”, finaliza a moradora.

A Zoonoses informou que não houve registro de chamada para o caso do Noroeste. As informações são do portal Metrópoles.