Pai é preso pela morte da própria filha no Rio de Janeiro
Um pai foi preso no domingo (28) suspeito da morte da própria filha, uma bebê. O crime ocorreu em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A mãe da criança havia conseguido uma medida protetiva contra ele na Justiça dias antes.
A mãe da vítima afirma que Daniel Lucas Ferreira era violento desde a sua gestação. Suas primeiras queixas por violência são deste período.
“Na minha gravidez, ele me bateu uma vez. Minha filha é prematura de 7 meses por causa de muito estresse e do medo do relacionamento. De lá para cá, ele vem ficando muito agressivo”, revelou.
Na última terça-feira (23/11), a Justiça proibiu Daniel de se aproximar a menos de 500 metros da companheira. Porém, apesar da medida, a mãe levou a filha para o pai por medo. E ele continuou com as ameaças.
Daniel confessou que matou a própria filha ao jogá-la no chão. Ele contou no seu depoimento que abriu os braços e deixou a filha cair no chão Ele informou à mãe, e ambos foram ao posto de saúde do Pilar. A bebê foi medicada e liberada. Como a criança não melhorava, eles foram ao Hospital Adão pereira Nunes, em Saracuruna.
A unidade de saúde informou que a criança chegou com uma parada cardiorrespiratória, e os exames mostraram múltiplas fraturas na cabeça e hematomas pelo corpo. A médica anotou que os exames não eram condizentes com o relato do pai. Na emergência, ele afirmou apenas que a menina havia batido a cabeça no carrinho.
A Prefeitura de Duque de Caxias afirmou que vai abrir uma sindicância para saber o que aconteceu para a criança ser liberada do posto de saúde.
“Ontem eu passei o dia com ela no hospital, quando os médicos já falaram ela não tinha batido o rostinho no carrinho, que ela tinha caído de uma queda muito alta e que o cérebro já tinha parado, já estava com sangramento muito forte. Tem diversos hematomas no corpo”, disse a mãe.
A avó da menina afirmou que a filha vivia com medo de Daniel e, agora, também não sabem como vão viver.
“Olha onde a gente chegou, amanhã eu enterro a minha neta. Sabe o que é ser avó? É ser mãe duas vezes. Vocês não têm noção do que a gente está passando, está doendo muito”, afirmou a avó.
A delegada responsável pelo caso afirmou que Daniel deve permanecer preso.
“A prisão dele é em razão do crime de perseguição. Agora uma nova investigação foi instaurada por feminicídio, que agora é consumado. E aí, possivelmente, ele vai permanecer preso por conta do crime”, afirmou a delegada Fernanda Fernandes.