Evander solicita que hospital de Naviraí não desative leitos de UTI após pandemia
Durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira, 25, o deputado estadual Evander Vendramini (Progressistas) encaminhou requerimento solicitando informações sobre possível desativação de dez leitos de UTI destinados ao atendimento a pacientes com quadro grave de covid-19 no Hospital Municipal de Naviraí. O pedido foi encaminhado para a Secretaria de Estado de Saúde e para a Prefeitura Municipal de Naviraí.
Os leitos foram habilitados pelo Ministério da Saúde em conformidade com a Lei nº 13.979/2020, de 6 de fevereiro de 2020, e Decreto Municipal nº 34/2020, de 27 de março de 2020. De acordo com o Termo de Referência, os dez leitos, que estão atualmente sendo utilizados exclusivamente para o tratamento da covid-19, deveriam ser utilizados como UTI Geral Tipo II, permanecendo definitivamente ativos após o término da pandemia. Conforme chegou ao conhecimento do parlamentar, a prefeita de Naviraí, Rhaiza Matos, disse, em entrevista para uma rádio local, ser a favor de uma possível desativação desses dez leitos.
Em contrapartida à afirmação da gestora municipal, em 2020, o secretário de Estado de Saúde Geraldo Rezende manifestou-se a favor da permanência dos leitos de UTI nos hospitais sul-mato-grossenses após a pandemia. “Antes de qualquer ato administrativo que possa vir a prejudicar a saúde da população, os gestores estaduais e municipais devem dialogar para chegar num consenso positivo em prol da sociedade”, ressaltou Evander, lembrando que manifestações opostas dos gestores podem gerar insegurança na população.
“Sugiro que o Governo Estadual, através da Secretaria de Saúde, em conjunto com a Prefeitura de Naviraí, viabilize estudos técnicos, jurídicos e econômicos para a permanência definitivamente desses 10 leitos de UTI no hospital”, apontou o deputado progressista.
“Infelizmente, não sabemos ainda, de forma cientificamente comprovada, o motivo de ocorrer novas ondas de proliferação do coronavírus. Por isso, enquanto perdurar a pandemia, os leitos de UTI destinados a esse propósito não devem ser desativados. E mesmo depois da normalização, eles deveriam permanecer ativos, pois a pandemia não pode ser considerada um fenômeno de curta duração”, finalizou.