Meio ambiente: Kemp pede reconhecimento do Chaco como bioma brasileiro
O deputado estadual Pedro Kemp (PT), durante a sessão ordinária desta quinta-feira (27), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, apresentou documento indicação e nele, pediu o reconhecimento do Chaco como bioma brasileiro. “Após ouvirmos pesquisadoras e pesquisadores do curso de Biologia da UFMS, que nos falou sobre a importância do bioma na região de Porto Murtinho, no Sul do Pantanal, na divisa com o Paraguai, estamos acionando a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva e encaminhando cópia ao presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Marcio Pochmann. Estamos solicitando estudos técnicos no sentido de fazer o reconhecimento oficial do Chaco como um dos biomas brasileiros. Dessa forma, poderemos garantir a preservação desse ecossistema tão importante”, pontuou Kemp.
É preciso urgência nas políticas de proteção no âmbito federal e também estadual. Em 1998 a área estimada do Chaco brasileiro era de 12,400 km². Hoje, restam apenas cerca de 13% da floresta original”. No dia 3 de junho, a revista Veja trouxe uma reportagem sobre o assunto com o título “A floresta esquecida”.
https://veja.abril.com.br/revista-veja/a-floresta-esquecida
“Produção de soja intensifica desmatamento do Gran Chaco” também foi pauta de reportagem. https://climainfo.org.br/2021/07/06/producao-de-soja-intensifica-desmatamento-do-gran-chaco/
Segundo o deputado, o avanço do agronegócio na região, coloca o Chaco em grande risco de
desaparecer do território brasileiro. Uma outra preocupação trazida pelos pesquisadores da UFMS é o avanço da construção da Rota Bioceânica que vai atingir as bordas da floresta. E ainda, conforme os cientistas, o desmatamento e a superexploração da terra podem levar a uma diminuição da biomassa de forragem, afetando os povos indígenas que vivem na região, além dos agricultores em todas as escalas.
O Chaco está em terras brasileiras, argentinas, bolivianas e paraguaias.
A Fundação Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) lançou o livro “Chaco:
caracterização, riqueza, diversidade, recursos e interações”. O Pau Santo, planta nativa do Chaco, é utilizado para a coloração da
cerâmica do povo Kadiwéu. “Falta o Chaco ser reconhecido como nosso bioma. Hoje, temos como biomas do País: Amazônia; Caatinga; Cerrado; Mata Atlântica; Pantanal e o Pampa”.