Em MS, divórcios aumentam e acontecem mais rápido, mostra IBGE
Pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que o número de casamentos cresceu 6,1% em 2022, totalizando mais de 15 mil no Estado. Mesmo com aumento de união o sul-mato-grossense está se divorciando mais, é o que mostra a pesquisa. Estado tem a segunda maior taxa de divórcio do país.
Em Mato Grosso do Sul, foram registrados 15.038 casamentos em 2022, figurando um aumento de 6,1% em relação ao ano anterior (2021). No intervalo de dez anos (2013), houve um aumento de 7,2%. Do total de casamentos de 2022, 14.893 eram entre cônjuges masculino e feminino, 48 entre cônjuges masculinos e 97 entre cônjuges femininos.
Em relação ao número de registros de casamentos civis entre cônjuges do mesmo sexo, foi observado aumento de 6,6% entre 2021 (136) e 2022 (145). No ano de 2022, os casamentos ocorridos entre cônjuges femininos representaram 66,9% dos casamentos civis com essa composição conjugal. Em 2022, verificou-se ainda o segundo maior número de registros de casamentos entre pessoas do mesmo sexo, perdendo apenas para o ano de 2018 (166).
Em 2022, a pesquisa Estatísticas do Registro Civil apurou 7.678 divórcios concedidos em 1ª instância ou por escrituras extrajudiciais, representando um aumento de 42,6% em relação ao total contabilizado em 2021 (5.385). Historicamente, o estado sempre se destacou entre as Unidades da Federação com maiores taxas de divórcio do país. Em 2022, MS ocupou a 2ª posição, sendo a maior registrada no Distrito Federal (4,05‰) e a menor em Roraima (0,49‰).
Em média, os homens se divorciam em idades mais avançadas que as mulheres. Em 2022, na data do divórcio, os homens tinham, em média, 42,9 anos, enquanto as mulheres, 39,9 anos de idade. A mesma diferença entre as idades de homens e mulheres ao se divorciarem foi observada em 2021. No estado, em 2010, o tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio era de 17,1 anos. Em 2022, houve uma diminuição no tempo de duração do casamento para 11,6 anos, sendo o 3º menor tempo entre as Unidades da Federação. No Brasil, esse tempo médio, em 2022, foi de 16 anos.
Na avaliação dos divórcios judiciais concedidos em 1ª instância, por tipo de arranjo familiar, observou-se que a maior proporção das dissoluções se deu para famílias constituídas somente com filhos menores de idade, a qual atingiu 44,8%, seguido de 34,2% em famílias sem filhos; 14,4% em famílias somente com filhos maiores de idade; e 6,5% com filhos maiores e menores de idade.