Polícia identifica adolescente que estuprou mulher no Jardim Anache após localizar roupas

Polícia identifica adolescente que estuprou mulher no Jardim Anache após localizar roupas

Após localização de roupas, um adolescente de 14 anos foi identificado como autor do estupro de uma mulher de 55 anos no Jardim Anache. O caso aconteceu no último dia 3 e o rapaz compareceu à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) nesta segunda-feira (8).

O estudante foi localizado após denúncia anônima. Então, policiais da Deam fizeram buscas pela residência do jovem e encontraram as roupas usadas pelo autor do crime, que foram flagradas por câmera de segurança.

Segundo a delegada adjunta da Deam, Maíra Pacheco, o adolescente compareceu junto ao pai. Ela explicou que o autor caminhou cerca de dois quilômetros, viu a vítima em uma loja, esperou o movimento baixar, entrou e cometeu a violência sexual.

Contudo, para dificultar a identificação, colocou a camiseta da escola no rosto, abaixo dos olhos, e prendeu com cadarço para garantir firmeza. Assim, com rosto tampado, o adolescente entrou na loja e cometeu o crime.

A delegada afirma que após a denúncia, a Deam procurou o adolescente na escola — que estava fechada por motivos festivos.

Véspera do aniversário

O adolescente completa 15 anos nesta terça-feira (9) e negou aos policiais ser autor do crime. No entanto, o pai insistiu em levar o jovem até a delegacia para depoimento.

Ele disse que não sabia a razão de cometer o crime. Na delegacia, o adolescente descreveu que após sair da escola, encontrou uma faca e decidiu guardar para defesa pessoal.

Logo, passou em frente ao comércio e viu uma oportunidade de roupa. Ele afirmou que se preparou e anunciou o assalto e só depois pediu para a vítima entrar no banheiro, onde aconteceu a violência sexual.

Além disso, contou que não premeditou o crime. Porém, Maíra afirma que a versão não condiz com a gravação da câmera de segurança. A delegada explica que ele visualizou a loja e teve tempo de se preparar.

Histórico de agressividade

Além disso, o jovem estuda próximo ao local do crime. O pai leva o estudante até o colégio e na volta, retornava sozinho. O rapaz é órfão de mãe, que era usuária de drogas e morreu quando ele ainda era criança.

Durante o depoimento, o adolescente chorou e disse que ficou com medo da reação do pai, pois não queria desapontá-lo.

Também afirmou que se arrepende do crime e gostaria de se desculpar com a vítima. Então, por não se enquadrar em flagrante, o jovem não foi detido.

A delegada não responsabilizou o pai. Conforme a Maíra, ficou claro que o homem não sabia que o filho era o autor do crime. Além de que chegou a encaminhar o vídeo divulgado pela polícia e questionar o adolescente, devido à semelhança.

Os policiais não localizaram a faca citada pelo autor. Por fim, a Deaji (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) irá continuar a investigação e o adolescente pode pegar até três anos de internação. Sem histórico e passagem, ele possui relatos de agressividade e brigas no colégio.