2 dias após eleições, TJ manda trancar inquérito de assédio contra Marquinhos por não haver “ato ilícito”

2 dias após eleições, TJ manda trancar inquérito de assédio contra Marquinhos por não haver “ato ilícito”

Após ser exposto e perder a eleição para governador, o ex-prefeito Marquinhos Trad viu a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul conceder, de forma unânime, o habeas corpus para trancar o inquérito policial por assédio sexual contra ele. O julgamento foi concluído ontem (4).

A reportagem conversou com Marquinhos que disse estar tranquilo e agora vai agradecer aqueles que fizeram parte da sua caminhada. “Estou bem, a justiça vai ser feita. Eu vou visitar algumas pessoas que me apoiaram, agradecer e provar minha inocência”, disse ele que sempre negou as acusações.

Para os desembargadores não houve ato ilícito e a continuidade da investigação caracterizaria como “constrangimento ilegal”.

“O prosseguimento das investigações nessa esfera contra o mesmo, configura constrangimento ilegal, sanável via habeas corpus”, concluiu ao determinar o trancamento penal do inquérito que foi exaustivamente usado por adversários de Trad e também por veículos de imprensa que promoveram um verdadeiro “massacre” da imagem do ex-prefeito.

Segundo a sentença do desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva, o habeas corpus deve ser concedido quando o inquérito policial não tem justa causa e faltam indícios da materialidade de crime.

“Quando de simples leitura das declarações das pessoas apontadas como vítimas não se extrai nenhuma conduta dentre as atribuídas ao paciente que tipifique qualquer ilícito contra a dignidade sexual”, pontuou o magistrado.

Vale lembrar que, a investigação presida pela delegada Maíra Pacheco Machado, da 1ª Delegacia de Atendimento à Mulher de Campo Grande, foi quase que um espetáculo com direito a coletiva e “manifestações” que chegaram ao fim justamente após o pleito eleitoral.