Na última semana da campanha, mais de 44 mil crianças ainda não buscaram vacina contra pólio

Na última semana da campanha, mais de 44 mil crianças ainda não buscaram vacina contra pólio

Prevista para finalizar nesta sexta-feira (30), mais de 44 mil crianças entre 1 e 4 anos de idade ainda não foram levadas à uma unidade de saúde pelos pais ou responsáveis para verificar a necessidade de receberem a dose de reforço da vacina contra poliomielite. Até o momento, pouco mais de 20% de público alvo foi imunizado com a dose em gotinhas do imunobiológico. 

São mais de 57,4 mil crianças nesta faixa etária em Campo Grande, que devem ser vacinadas indiscriminadamente, a única exceção é se ela tiver recebido a dose há menos de 30 dias. Segundo a orientação do Ministério da Saúde, 95% deste público deveria receber a vacina, e assim seria possível garantir que a poliomielite, que circula em outros países, não fosse reinserida no território nacional novamente por pelo menos mais um ano. 

Países como Estados Unidos, que estavam há mais de uma década sem registrar nenhum caso da doença, também conhecida como paralisia infantil, já confirmaram novos casos de pacientes contaminados e que apresentam sintomas de enfraquecimento muscular grave, provocando a perda gradativa ou total do movimento principalmente dos membros inferiores. 

“Segundo a Organização das Nações Unidas, o Brasil é um país que tem um risco altíssimo de reinserção do vírus, assim como aconteceu com o sarampo, justamente por causa da baixa cobertura vacinal”, explica a superintendente de vigilância em saúde, Veruska Lahdo. 

Desde o início da campanha, em 08 de agosto, apenas 13.343 crianças entre 1 e 4 anos estiveram em uma das 73 unidades de saúde da Capital para verificar a necessidade de se vacinar. Desse total, 11.736 receberam a dose, o que corresponde a 87% de quem foi até a unidade de saúde. 

“Esse alto número de vacinados em relação à procura pela dose, comprova que são pouquíssimos casos de crianças na cidade que não se enquadra para a vacinação. A dose é aplicada de forma indiscriminada, mesmo que a criança já tenha recebido esse reforço há mais de 30 dias”, completa a superintendente.